SINOPSE: Ruth Jefferson é enfermeira obstetra com mais de vinte anos de experiência em um hospital de Connecticut. Durante seu turno, Ruth inicia exames de rotina em um recém-nascido, mas instantes depois é transferida para cuidar de outro paciente. Os pais do bebê são supremacistas brancos e não querem que Ruth, que é negra, toque em seu filho. O hospital atende ao pedido deles, mas, no dia seguinte, o bebê sofre um problema cardíaco enquanto Ruth está sozinha no berçário. Ela obedece às ordens ou intervém?
Ruth hesita antes de realizar os procedimentos de reanimação e, como resultado, é acusada de um crime grave. Kennedy McQuarrie, uma defensora pública branca, aceita seu caso, mas dá um conselho inesperado: ela insiste que mencionar raça no tribunal não é uma boa estratégia. Confusa com o conselho, Ruth tenta manter a vida o mais normal possível para sua família ― especialmente para seu filho adolescente ― quando o caso se torna sensação na mídia. À medida que o julgamento avança, Ruth e Kennedy devem ganhar a confiança uma da outra e perceber que o que lhes foi ensinado a vida toda sobre os outros ― e elas mesmas ― pode estar errado.
A PREMISSA:
Ruth é enfermeira e trabalha na área obstétrica há mais de 20 anos. É uma profissional exemplar e que ama o que faz, até que um dia é proibida de tocar em Davis, um dos recém nascidos, porquê os pais dele são supremacistas branco e Ruth é negra.
Mas Davis acaba passando por problemas cardíacos e Ruth é a única por perto. Por causa das ordens que recebeu Ruth fica em dúvidas se deve ou não salvar o bebê e acaba sendo acusada de um crime grave. Kennedy é defensora pública e pega o caso de Ruth, e apesar de saber que os pais de Davis são supremacistas branco, ela insiste em não citar raça no tribunal.
O QUE EU ACHEI:
Gente que livro impactante. A autora nós conduz através de uma trama intensa e que traz três pontos de vista: o de Ruth, uma mulher que sempre lutou para dar de tudo para seu filho, uma enfermeira que de repente vê sua vida mudar por causa desse casal preconceituoso. O de Turk, um supremacista branco, assim como sua esposa. O ponto de vista dele é violento, brutal, de revirar o estômago e eu sempre chorava de revolta por lembrar que infelizmente ainda existem pessoas assim. E o ponto de vista de Kennedy, uma defensora pública que apenas quer fazer seu trabalho e sendo uma mulher branca, que não é racista, acha que isso é o que basta.
Esse livro é necessário porquê mostra aos brancos que não basta não ser racista; é necessário reconhecer seus privilégios, tentar sempre se colocar no lugar do outro e lutar contra o racismo também.
A nota da autora foi imprescindível para o desfecho e ela, como uma autora branca mostrou que apesar de não estar em seu lugar de fala, pesquisou muito para escrever essa obra de forma responsável e que trouxesse a mensagem que ela queria.
❝A verdade é que, se a minha aparência fosse como a sua, isto não teria acontecido comigo.❞
Um milhão de pequenas coisas é uma leitura necessária e com certeza foi um dos melhores livros que eu já li na vida!
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